sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Inventam uma bicicleta com tecnologia inspirada em Fórmula 1
‘The Copenhagen Wheel’ nome dado por seus inventores é equipada com conexão Bluetooth e suporte para o iPhone.Foi inventado Instituto tecnológico de Massachusetts.
Cientistas do Institute of Technology de Massachusetts (MIT) inventaram uma bicicleta capaz de se mover sozinha, aproveitando o excesso de energia cinética que sobra em suas rodas. A Roda de Copenhagen, como seus desenhistas a batizaram, está equipada com conexão Bluetooth e suporte para iPhone. Os responsáveis por este projeto descreveram sua invenção como a bicicleta 2,0 e noticiado no 20minutos.es:
A Roda Copenhague é capaz de armazenar energia cada vez que o ciclista usa o freio e, em seguida, usar essa energia proporcionando impulso para ir para cima ou adicionando uma “explosão de velocidade” em situações de tráfego pesado.
Esta roda não só aumenta a potência utilizando a tecnologia inspirada na Fórmula Um, mas também pode manter o controle de velocidade e a cadência das pedaladas.
“A roda usa tecnologia semelhante à do KERS (Kinetic Energy Recovery System), que mudou radicalmente o mundo da Fórmula Um nos últimos dois anos. Quando freia, sua energia cinética é recuperada por um motor elétrico e é armazenada em baterias dentro da roda, de modo que você pode usar novamente quando for necessário”, disse o diretor Senseable City Lab do MIT, o professor Carlo Ratti.
“Em certo sentido, a bicicleta funciona da forma como faz uma pessoa andando”, disse Ratti. “Ao pedalar para frente o motor faz por si o mesmo movimento que seu par e ao mandamos o pedal para traz para frear, o motor começa a regeneração de energia elétrica, com a redução da velocidade.”
“A primeira coisa que queremos fazer com The Copenhagen Wheel é ampliar o leque de pessoas que podem percorrer uma distância determinada, tornando a experiência de condução mais suave, até o ponto que subir ladeiras em colinas não seja obstáculo”, disse a prefeita de Copenhague, Ritt Bjerregaard.
“O grande objetivo de nossa cidade é que 50% dos cidadãos usem a bicicleta quando forem trabalhar ou para os centros de estudo todos os dias. Portanto, para nós, este projeto é parte da resposta a pergunta como podemos tornar o uso da bicicleta mais atraente“, disse Bjerregaard.
Bike 2,0
Usando uma série de sensores e de uma ligação Bluetooth para o iPhone, que pode ser montado no guidão, a roda pode controlar a velocidade da bicicleta, a direção e a distância percorrida, e também recolher dados sobre a poluição do ar e até mesmo a proximidade de amigos próximos que utilizam o mesmo sistema.
Por Jackson Rubem
Fonte: site O brasileirinho.com.br
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Movimento em Defesa da Orla do Guaiba: Dois anos de Vitória do Não!
Há dois anos,os cidadãos de Porto Alegre foram chamados para um pleibiscito perguntando se eles queriam construções de residencias e comércio na Orla do Guaíba. Foram votar no domingo dia 23 de agosto de 2009, e 18 400 pessoas votaram pelo Não às construções na Orla.
Vemos que a Orla do Guaíba deve ser livre e aberta a todos, à população de Porto Alegre e de todas pessoas que vêm aqui curtir a vista do Guaíba, ver suas ilhas, fazer pique-nique, caminhar, andar de bicicleta nesta área que oferece a maior extensão livre para os caminhantes e pessoas que fazem corrida.
É isso!! Nosso recado é que a Orla seja sempre preservada e livre, um local que a Lei Organica já definiu como "área de preservação permanente para parques, lazer, cultura, esportes, educação ambiental". Um local de livre!
FRENTE do NÃO
•AGAPAN – ASSOCIAÇÃO GAUCHA DE PROTEÇÃO AO AMBIENTE NATURAL
•AMA – ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES E AMIGOS DA AUXILIADORA DE PORTO ALEGRE
•AMBI – ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO BAIRRO IPANEMA
•ASCOMJIP – ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA JARDIM ISABEL
•AMOVITA – ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DA VILA SÃO JUDAS TADEU
•ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO CENTRO DE PORTO ALEGRE
•CCD – CENTRO COMUNITÁRIO DE DESENVOLVIMENTO DA TRISTEZA, PEDRA REDONDA, VILA CONCEIÇÃO E ASSUNÇÃO
•NÚCLEO AMIGOS DA TERRA/BRASIL
•ONG SOLIDARIEDADE
•SIMPA – Sindicato Municipários de Porto Alegre
•SINDIBANCÁRIOS – Sindicato dos Bancários
•SINDICATO DOS SOCIÓLOGOS DO RIO GRANDE DO SUL
•MOVIMENTO EM DEFESA DA ORLA DO RIO GUAÍBA (Integrantes: •AGAPAN – Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural •Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho •AMABI – Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Independência •AMBI – Associação dos Moradores do Bairro Ipanema •ASCOMJIP – Associação Comunitária Jardim Isabel •AMOVITA – Associação dos Moradores da Vila São Judas Tadeu •Associação de Moradores do Centro •Movimento Viva Gasômetro •Associação Moinhos Vive •CMVA – Conselho Gestor dos Moradores da Vila Assunção •Associação dos Moradores da Cidade Baixa •AMOBELA – Associação dos Moradores da Bela Vista •Conselho Popular do Partenon •Conselho de Usuários do Parque Farroupilha •CCD – Centro Comunitário de Desenvolvimento da Tristeza, Pedra Redonda, Vila Conceição e Assunção •CEUCAB/RS – Conselho Estadual da Umbanda e dos Cultos Afro-Brasileiros do RS •AMSC – Associação dos Moradores do Sétimo Céu •AMATRÊS – Associação dos Moradores do Bairro Três Figueiras •AMA – Associação dos moradores da Auxiliadora •AMACHAP – Associação dos Moradores do Bairro Chácara das Pedras) •NAT/Brasil – Núcleo Amigos da Terra •ONG Solidariedade)
domingo, 7 de agosto de 2011
Museu das Águas de Porto Alegre
Por Eleara Leitão
Com grata surpresa recebi um comentário dos Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho no post sobre o Museu das Águas espanhol falando sobre a proposta de criação do Museu das Águas de Porto Alegre. Essa ideia nasceu durante a realização do Fórum Internacional das Águas em 2004. E segundo o blog do Museu das Águas Porto Alegrense já existe um Comitê Pró-Museu das Águas de Porto Alegre que reúne representantes de várias entidades.
Essa iniciativa já contou com o apoio de pessoas como Jean Michel Cousteau que deixou escrita no livro de ouro da UFRGS a célebre frase de seu pai, Jacques Cousteau : "As pessoas protegem aquilo que amam".
Porto Alegre, como o seu próprio nome indica, se desenvolveu ao redor de seu rio/lago Guaíba e suas águas envolvem a cidade e seus habitantes. Nada mais justo a ideia de termos um Museu que nos ensine a conhecer, cultuar e cuidar ainda mais desse patrimônio. Segundo os Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho, espera-se talvez ainda esse ano o lançamento de chamadas para um concurso internacional de arquitetura para o projeto do Museu. Oxalá se concretize ! E salve Iemanjá, rainha das águas, e salve Nossa Padroeira Mor, Nossa Senhora dos Navegantes. E viva o sincretismo religioso que nos irmana na mesma verdade.
http://www.dihitt.com.br/barra/museu-das-aguas-de-porto-alegre
Com grata surpresa recebi um comentário dos Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho no post sobre o Museu das Águas espanhol falando sobre a proposta de criação do Museu das Águas de Porto Alegre. Essa ideia nasceu durante a realização do Fórum Internacional das Águas em 2004. E segundo o blog do Museu das Águas Porto Alegrense já existe um Comitê Pró-Museu das Águas de Porto Alegre que reúne representantes de várias entidades.
Essa iniciativa já contou com o apoio de pessoas como Jean Michel Cousteau que deixou escrita no livro de ouro da UFRGS a célebre frase de seu pai, Jacques Cousteau : "As pessoas protegem aquilo que amam".
Porto Alegre, como o seu próprio nome indica, se desenvolveu ao redor de seu rio/lago Guaíba e suas águas envolvem a cidade e seus habitantes. Nada mais justo a ideia de termos um Museu que nos ensine a conhecer, cultuar e cuidar ainda mais desse patrimônio. Segundo os Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho, espera-se talvez ainda esse ano o lançamento de chamadas para um concurso internacional de arquitetura para o projeto do Museu. Oxalá se concretize ! E salve Iemanjá, rainha das águas, e salve Nossa Padroeira Mor, Nossa Senhora dos Navegantes. E viva o sincretismo religioso que nos irmana na mesma verdade.
http://www.dihitt.com.br/barra/museu-das-aguas-de-porto-alegre
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Filme "Entre Rios": A cidade de São Paulo cresceu escondendo os seus rios
ENTRE RIOS from Caio Ferraz on Vimeo.
Este excelente video relata a história de São Paulo e seu crescimento sobre um de seus mais importantes rios, e pior escondendo, canalizando, retirando de seus cursos e transformado em "canais de esgoto", etc.
Este trabalho tem tudo a ver com nosso trabalho na DEFESA DO RIO GUAIBA, planejamento, especulação imobiliária, rodoviarismo, etc.
O filme:
Entre Rios conta de modo rápido a história de São Paulo e como essa está totalmente ligada com seus rios. Muitas vezes no dia-a-dia frenético de quem vive São Paulo eles passam desapercebidos e só se mostram quando chove e a cidade pára. Mas não sinta vergonha se você não sabe onde encontram esses rios! Não é sua culpa! Alguns foram escondidos de nossa vista e outros vemos só de passagem, mas quando o transito pára nas marginais podemos apreciar seu fedor. É triste mas a cidade está viva e ainda pode mudar!
O video foi realizado em 2009 como trabalho de conclusão de Caio Silva Ferraz, Luana de Abreu e Joana Scarpelini no curso em Bacharelado em Audiovisual no SENAC-SP, mas contou com a colaboração de várias pessoas que temos muito a agradecer.
Direção:
Caio Silva Ferraz
O video foi realizado em 2009 como trabalho de conclusão de Caio Silva Ferraz, Luana de Abreu e Joana Scarpelini no curso em Bacharelado em Audiovisual no SENAC-SP, mas contou com a colaboração de várias pessoas que temos muito a agradecer.
Direção:
Caio Silva Ferraz
Fonte:
http://comunidadedasaguas.ning.comSeminário "O Morro é Nosso - Um Projeto para o Morro Santa Teresa", dias 5 e 6 de agosto, no SENGE.
O Movimento em Defesa do Morro Santa Teresa convida para o Seminário "O Morro é Nosso - Um Projeto para o Morro Santa Teresa", dias 5 e 6 de agosto, no SENGE.
Nosso objetivo é promover um diálogo com a sociedade e as comunidades da área da Fase no Morro Santa Teresa. Queremos promover a formação dos indivíduos envolvidos, construir um processo que com base nas raízes da comunidade, na história e no imaginário do lugar, se possa planejar a melhor forma de intervenção neste território.
As secretarias de estado serão convidadas a colocar as suas estratégias em relação à área para construção de diretrizes preliminares. Além disso, pretendemos mobilizar a sociedade, as universidades e as entidades sindicais, ambientais e sociais para a busca de critérios para um projeto, metodologia e implantação no morro.
Objetivos
- Captar os dados existentes sobre a área;
- Reunir os diferentes atores relacionados;
- Apresentar outras iniciativas de regularização fundiária, parques públicos e urbanizações existentes no país e no mundo;
- Envolver, motivar e fortalecer a participação das comunidades que hoje ocupam a área;
- Buscar critérios sócio-ambientais de ocupação do território;
- Identificar os valores da comunidade, suas referências sociais, culturais, religiosas; - Criar uma nova forma de intervir no território;
- Iniciar um processo participativo e criar uma metodologia para elaboração coletiva de um projeto para o Morro Santa Tereza.
Programação:
Objetivos
- Captar os dados existentes sobre a área;
- Reunir os diferentes atores relacionados;
- Apresentar outras iniciativas de regularização fundiária, parques públicos e urbanizações existentes no país e no mundo;
- Envolver, motivar e fortalecer a participação das comunidades que hoje ocupam a área;
- Buscar critérios sócio-ambientais de ocupação do território;
- Identificar os valores da comunidade, suas referências sociais, culturais, religiosas; - Criar uma nova forma de intervir no território;
- Iniciar um processo participativo e criar uma metodologia para elaboração coletiva de um projeto para o Morro Santa Tereza.
Programação:
Dia 5 de agosto (Sexta-feira)
19h30 - Morro Santa Teresa - O histórico de uma luta- Apresentação do Movimento em Defesa do Morro Santa Teresa e das Associações de Moradores das comunidades que ocupam a área.
- Apresentação dos Secretários estaduais da Habitação, Meio Ambiente e Justiça e Direitos Humanos.
- Apresentação dos Secretários estaduais da Habitação, Meio Ambiente e Justiça e Direitos Humanos.
Dia 6 de agosto (Sábado)
8h às 9h - Credenciamento
9h às 12h - A construção de um projeto - Regularização e urbanização, Parque ambiental e descentralização da FasePainelistas:
- Betânia de Moraes Alfonsin (Professora do Curso de Direito - PUC/RS
Doutora em Planejamento Urbano e Regional - IPPUR/RJ)
- Beth Arruda (Presidente da Afufe - Associação dos Funcionários da Fase)
- Representante da Fundação Zoobotânica do RS (FZB)
- João Farias Rovati (Coordenação do Programa de Pós-graduação UFRGS/RS
Doutor em Projeto Arquitetônico e Urbanístico - Universite de Paris VIII/França)
- Representante das Associações de Moradores do morro
- Betânia de Moraes Alfonsin (Professora do Curso de Direito - PUC/RS
Doutora em Planejamento Urbano e Regional - IPPUR/RJ)
- Beth Arruda (Presidente da Afufe - Associação dos Funcionários da Fase)
- Representante da Fundação Zoobotânica do RS (FZB)
- João Farias Rovati (Coordenação do Programa de Pós-graduação UFRGS/RS
Doutor em Projeto Arquitetônico e Urbanístico - Universite de Paris VIII/França)
- Representante das Associações de Moradores do morro
12h às 13h30 - Almoço
13h30 às 15h30 - Grupos de Trabalho
16h às 17h - Plenária (apresentação das propostas dos grupos, debate e encaminhamentos).
Dia 7 de agosto (Domingo)
9h30 - Caminhada orientada no Morro Santa Teresa
Foto: Eduardo Seidl
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Movimento em Defesa da Orla apoia reconhecimento do Delta do Jacuí como Patrimônio da Humanidade
Na manhã desta quinta-feira, dia 2 de junho, integrantes do Movimento em Defesa da Orla do Rio Guaíba se reuniram a várias pessoas para participar de participar de atividade de reconhecimento do Delta Jacuí, que compreende todas as Ilhas, abrangendo os
municípios de Canoas, Eldorado do Sul, Guaíba e Santa Rita.
municípios de Canoas, Eldorado do Sul, Guaíba e Santa Rita.
O objetivo do passeio pelo Delta, promovido pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre, dentro da Programação da Semana do Meio Ambiente, é o de transformar esse espaço natural e de uma biodiversidade riquíssima em Patrimônio da Humanidade, junto à ONU. Para tanto, faz-se necessário, dentre outras ações, o reconhecimento da potencialização do Delta como espaço turístico e de sustentabilidade ambiental, proporcionando moradias e acesso aos serviços básicos à população das Ilhas, que tem um grande número de pessoas vivendo em situação de vulnerabilidade social.
Como não foi possível realizar a travessia por barco, pois era densa a serração da manhã em Porto Alegre, não permitindo visibilidade adequada para a atividade, um grupo de mais de 40 pessoas se reuniu na Usina do Gasômetro, onde trocou ideias, expectativas e experiências.
Além de integrantes do Movimento em Defesa da Orla do Rio Guaíba, participaram representantes da Agapan, do Mogdema, da Apedema, Uergs, do Comitê de Bacia do Rio Guaíba, da Sema/Fepam, conselheiros do Plano Diretor de Porto Alegre, do Conselho de Cidadãos Honorários, padre Antônio Cecchin e Irmão Laurindo, representantes da Associação dos Ilheus Ecológicos, e os vereadores Sofia Cavedon (PT), presidenta da Câmara Municipal, Professor Garcia, Aldacir José Oliboni (PT), Luiz Braz (PSDB), Carlos Comassetto (PT), Reginaldo Pujol (DEM), Bernardino Vendruscolo (PMDB) e Mauro Pinheiro (PT).
O passeio de reconhecimento do Delta do Jacuí como Patrimônio da Humanidade será realizado em data a ser definida.
Informação
Jornalista Adriane Bertoglio Rodrigues
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Dia 1º Junho: Congresso da Cidade terá seminário sobre Mobilidade Urbana
Na próxima quarta-feira, 1º de junho, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) organizará um seminário sobre Mobilidade Urbana dentro do Eixo do Desenvolvimento Urbano e Ambiental do 5º Congresso da Cidade. Será o segundo grande encontro realizado pela instituição, que já organizou um seminário de regularização fundiária em abril.
O encontro será realizado às 19h, no auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, na Avenida Ipiranga, 6681, Prédio 9. As palestras estarão sob responsabilidade do professor Rômulo Krafta, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e da arquiteta Nívea Oppermann, da Metroplan e da Faculdade de Arquitetura da Unisinos.
Além da PUC, o 5º Congresso da Cidade tem a adesão de outras três universidades gaúchas: Ufrgs, Unisinos e Ulbra. O seminário é aberto ao público. Inscrições podem ser feitas pelo telefone 3289-6660.
Fonte: Notícias da Prefeitura de Porto Alegre
O encontro será realizado às 19h, no auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, na Avenida Ipiranga, 6681, Prédio 9. As palestras estarão sob responsabilidade do professor Rômulo Krafta, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e da arquiteta Nívea Oppermann, da Metroplan e da Faculdade de Arquitetura da Unisinos.
Além da PUC, o 5º Congresso da Cidade tem a adesão de outras três universidades gaúchas: Ufrgs, Unisinos e Ulbra. O seminário é aberto ao público. Inscrições podem ser feitas pelo telefone 3289-6660.
Fonte: Notícias da Prefeitura de Porto Alegre
30/05/2011 17:09:32
Imagem: Prefeitura de Munster - AlemanhaV Congresso da Cidade: participe das discussões dos eixos temáticos
A cidade de Porto Alegre está vivendo, desde o mês de março, ações de mobilização, articulação, reflexão e planejamento sobre o desenvolvimento dos territórios e as grandes questões da cidade. Este processo faz parte do V Congresso da Cidade que terá sua Conferência Final em novembro de 2011.
O V Congresso da Cidade é um processo inovador de Mobilização e Articulação dos diversos setores e atores da sociedade em torno de Motes e Metas em prol de uma Porto Alegre Mais inclusiva e Sustentavelmente desenvolvida.
Eixos temáticos - vêm ocorrendo os encontros com as Universidades que também estão discutindo os eixos temáticos: A UFRGS está debatendo e organizando encontros referentes ao Eixo Desenvolvimento da Cidadania; a PUC, o eixo Desenvolvimento Urbano Ambiental; a UNISINOS, o eixo desenvolvimento Humano e a ULBRA o desenvolvimento Econômico. A COREDE também está participando com o eixo Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana.
A proposta da UFRGS:
Os debates sobre o Eixo Desenvolvimento da Cidadania propõem a instituição de um espaço público cuja regra fundamental é a valorização e o respeito ao diálogo em torno da apresentação de propostas dos cidadãos e das organizações sociais de Porto Alegre sobre os três temas sugeridos, no sentido de promover o engajamento cívico e a qualificação da prática da cidadania. Trata-se de um espaço público organizado para refletir sobre os avanços e os limites da relação entre a sociedade civil, a Administração Municipal e o mercado desde a redemocratização do país. Busca-se, assim, contribuir para que as expectativas e demandas dos diversos atores sejam publicizadas e uma vez aprovadas, transformadas em ações de governo e dos diversos atores sociais que constróem a cidade de hoje e do amanhã. Espera-se que esta arena participativa sirva de aprendizagem para a democracia participativa.
As propostas serão organizados em três eixos: 1. Cidadania, espaço público e espaço privado; 2. Cidadania e controle social; 3. Cidadania e participação.
No eixo “Cidadania, espaço público e espaço privado” deverão ser apresentados diagnósticos e propostas de ações para o desenvolvimento da cidadania no espaço urbano visando à equidade social e a sustentabilidade ambiental. As propostas deste eixo relacionam-se com ações que proponham a criação de espaços públicos onde moradores, entidades da sociedade civil, representantes do mercado e dos governos possam tornar públicos seus projetos e propostas de ação, estabelecendo uma possibilidade de pactos ou de acordos para a elaboração, implementação e fiscalização de projetos de interesse comum e orientados para o bem estar social. Busca-se o desenvolvimento de um senso de co-responsabilidade e de pertencimento dos moradores com a sua rua, o seu bairro, assim como com a totalidade da cidade, o que requer o combate à exclusão social, à fragmentação e à segregação urbana.
No eixo “Cidadania e controle social” deverão ser apresentados diagnósticos e propostas de ações para tornar Porto Alegre uma cidade com transparência, prestação de contas (accountability), metas definidas e acesso às informações por parte da população, visando à organização de um sistema público que permita avaliar o desenvolvimento integral da cidade. Propostas que aprimorem o modo como as instituições e o governo relacionam-se com a cidadania quando da elaboração, implementação e prestação de contas das políticas públicas.
No eixo “Cidadania e participação” deverão ser apresentados diagnósticos e propostas de ações para qualificar os Fóruns Participativos da cidade e a relação entre eles. É crescente o número de espaços de participação. Não obstante, há tempo (incluindo-se os momentos dos congressos anteriores) discute-se a necessidade de construir uma efetiva rede da democracia participativa, o que supõe relação previsível e sistemática entre os diversos fóruns, tais como: o Orçamento Participativo, os Conselhos Municipais, a Governança Solidária Local, as Regiões de Planejamento, etc. Assim como ações que qualifiquem a participação nas Audiências Públicas, nos plebiscitos, nos referendos e nos projetos de iniciativa popular.
Metodologia
Os diagnósticos e propostas serão recebidos e cadastrados por três comissões, uma para cada eixo, eleitas na reunião de instalação do Fórum Desenvolvimento da Cidadania, que serão coordenadas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
As comissões receberão e analisarão os documentos, e organizarão as reuniões para a sua sistematização. A coordenação do V Congresso providenciará espaço para o acesso público aos documentos recebidos e aos documentos elaborados pelas comissões.
Os diagnósticos e propostas sistematizados comporão o Relatório com ações propositivas para o desenvolvimento da cidadania. Este Relatório será debatido no Seminário Final “Participação social e desenvolvimento da cidadania em Porto Alegre”, que apresentará sugestões a serem incorporadas ao Relatório e que contará com a participação dos moradores, dos atores da sociedade civil, das comunidades universitárias, assim como dos agentes governamentais.
As propostas para o eixo da UFRGS envie para o email: milton8253@gmail.com
Para acompanhar notícias do Eixo da UFRGS, acompanhe neste blog do Movimento da Orla.
Para acompanhar notícias do Eixo da UFRGS, acompanhe neste blog do Movimento da Orla.
Para maiores informações sobre o V Congresso das Cidades:
Carta do Movimento em Defesa da Orla ao Governador sobre Revitalização do Cais Mauá
Porto Alegre, 13 de abril de 2011.
Exmo. Senhor Tarso Genro
Governador do Estado do Rio Grande do Sul
Considerando os princípios constitucionais que norteiam as ações da Administração Pública, notadamente o da probidade, transparência e legalidade; a possibilidade da Administração Pública rever, a qualquer tempo, seus atos, resguardando os interesses de terceiros de boa fé; a igual possibilidade de exofício anular seus próprios atos sempre que reconhecer nulidade jurídica dos mesmos; e, finalmente, o princípio da precaução, ao tratar de intervenções urbanísticas que poderão trazer prejuízos ambientais irreparáveis, além de uma pesada sobrecarga à estrutura viária e forte impacto à estrutura comercial do Centro Histórico da Capital, o Movimento em Defesa da Orla do Rio Guaíba vem respeitosamente dirigir-se a V. Sª. em relação ao Projeto de Revitalização do Cais do Porto.
Entendemos que a revitalização do Cais do Porto é útil, necessária e boa para a cidade. O uso daquele espaço, que hoje se encontra subutilizado, oportuniza e qualifica a relação das pessoas com o rio. A recuperação dos velhos armazéns e a posterior utilização com atividades de interesse e com acesso universalizado, é um sonho a ser perseguido, no entanto vários aspectos do projeto nos trazem algumas
preocupações que passamos a relatar:
Chamamos a atenção, no entanto, para a relação custo benefício dos acordos possibilitados pela Lei Municipal entre o setor público e o privado: para recuperar uma dúzia de armazéns, a cidade entrega para a especulação privada uma das suas áreas mais nobres, alterando o seu regime urbanístico com uma permissividade tal, que ali se extrapola todas as regras do Plano Diretor do município; são autorizadas a construção de torre com 100 m de altura à beira do rio (próximo à rodoviária) e de um prédio com taxa de
ocupação de 90% na base e altura semelhante a da Usina do Gasômetro, logo ao seu lado. Este nos parece ser um preço alto demais a ser pago pela cidadania local, que em sua maioria ficará à margem deste território, utilizando quanto muito os seus armazéns.
O processo de licitação, que adjudicou o projeto vencedor (único), esteve envolto em circunstâncias estranhas, como por exemplo: É justo e ético a mesma empresa que teve todo o tempo para preparar os estudos preliminares, participar da licitação sendo a única vencedora? Existe tratamento isonômico nos prazos exíguos fixados para apresentação dos projetos, que possibilitariam, naturalmente, somente à empresa que elaborou os estudos preparar o projeto em tempo hábil para participação na concorrência?
As agressões ao ambiente natural e a carga sobre uma área ambientalmente vulnerável, com alocação de espaço para flat (residência temporária – o que foi rejeitado pela população na votação do “Pontal do Estaleiro”), escritórios e shoppings à beira do rio, gerando grande demanda de esgoto cloacal e produção significativa de resíduos; Aniquila com a identidade local, à medida que transforma totalmente a paisagem urbana que dá o nome à cidade; Porto Alegre vista a partir do Rio, jamais será a mesma, transformado com aspecto exótico, o Cais do Porto em nada lembrará a porta de entrada histórica da nossa capital.
Agressão ao Patrimônio Histórico Cultural, à medida que o equipamento a ser colocado ao lado da Usina do Gasômetro com porte maior, ou semelhante, repleto de atividades, encobrirá e concorrerá com aquele monumento histórico da Capital.
O efeito sobre a cidade, em termos de mobilidade urbana, será desastroso já que são pensadas 5.000 vagas de estacionamento dentro do Cais do Porto, para novos veículos que serão trazidos a circular no centro histórico da Cidade, acessando o Porto na altura da Rodoviária e saindo pela Usina, dois gargalos viários que no futuro ficarão na conta dos Munícipes.
O Projeto do Cais deve ser integrado ao Centro Histórico da cidade. As implantações de escritórios comerciais, hotéis, restaurantes e shoppings no Cais do Porto, fora dos períodos exíguos de realização de pequenos eventos pontuais, como tradicionalmente ocorrem em nossa cidade (a taxa média de ocupação dos nossos hotéis é pouco superior a 50%), resultarão numa concorrência desleal com a estrutura comercial já existente e tradicional no Centro Histórico, tão carente em revitalização, condenando prédios hoje
subutilizados ao inteiro sucateamento, criando dois ambientes, um cheio de luzes e outro relegado ao abandono.
Inúmeras realizações culturais que integram nossa história, como Feira do Livro, Bienal do Mercosul e Fórum Social Mundial, por exemplo, e muitas outras realizadas tradicionalmente com ocupação daquele espaço do Cais, não podem perdê-lo, além de outras ações culturais que ali podem ser inseridas, como por exemplo, o Museu das Águas, proposta do Movimento incorporada ao Programa de Governo.
O aspecto legal que envolve o tema é extremamente confuso e contraditório: Estatuto da Cidade, Código Florestal, Legislação Ambiental e Resoluções do CONAMA, assim como o Plano Diretor da Cidade, todas as regras proibitivas são contornadas, utilizando-se de contradições da própria lei, para permitir a realização do Projeto de Ocupação do Cais; A própria ação judicial movida pela ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários, demonstra com nitidez a falta de diálogo e articulação entre as diversas esferas de poder que incidem naquele espaço.
Solicitamos muita cautela ao analisar este expediente, pois inúmeras dúvidas pairam sobre a sociedade, em relação ao que foi autorizado legalmente para execução: Qual o público alvo deste projeto faraônico? Quem são os futuros usuários? Qual o perfil sócio-econômico dos mesmos? De onde vêem? Porto Alegre conta com uma vocação turística tal que justifique o porte e a ousadia daquilo que foi autorizado por lei municipal? Onde fica o interesse da população local e do fluxo do turismo regional? Não serão estes alijados pelo padrão “internacional” de funcionamento?
A definição do melhor projeto para a área deve ser precedida de uma ampla discussão com a cidade, é preciso ouvir a população local em Audiências Públicas, mas não como ocorreu na Câmara Municipal, por ocasião da discussão do projeto, fazendo “ouvidos de mercador” às posições e reivindicações do conjunto maior da sociedade civil organizada, em favor das intenções de um grupo empresarial, com apoio de entidades empresariais que vislumbram unicamente a possibilidade de benefício econômico.
Pelos motivos acima expostos, pedimos ao Exmo. Sr. Governador que interrompa os andamentos do atual ao projeto e reabra a discussão com a sociedade. Lutamos pela (I) “garantia do direito à cidade sustentável, (II) com gestão democrática e com a participação da população e de suas associações representativas na formulação, execução e acompanhamento dos planos, projetos e programas de desenvolvimento urbano, (IV) principalmente para evitar distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente, (VI) especialmente naqueles empreendimentos que possam funcionar como pólos geradores de tráfego, sem a previsão de infra-estrutura correspondente” (Estatuto da Cidade – Diretrizes Gerais).
Atenciosamente,
Movimento em Defesa da Orla do Rio Guaíba
Exmo. Senhor Tarso Genro
Governador do Estado do Rio Grande do Sul
Considerando os princípios constitucionais que norteiam as ações da Administração Pública, notadamente o da probidade, transparência e legalidade; a possibilidade da Administração Pública rever, a qualquer tempo, seus atos, resguardando os interesses de terceiros de boa fé; a igual possibilidade de exofício anular seus próprios atos sempre que reconhecer nulidade jurídica dos mesmos; e, finalmente, o princípio da precaução, ao tratar de intervenções urbanísticas que poderão trazer prejuízos ambientais irreparáveis, além de uma pesada sobrecarga à estrutura viária e forte impacto à estrutura comercial do Centro Histórico da Capital, o Movimento em Defesa da Orla do Rio Guaíba vem respeitosamente dirigir-se a V. Sª. em relação ao Projeto de Revitalização do Cais do Porto.
Entendemos que a revitalização do Cais do Porto é útil, necessária e boa para a cidade. O uso daquele espaço, que hoje se encontra subutilizado, oportuniza e qualifica a relação das pessoas com o rio. A recuperação dos velhos armazéns e a posterior utilização com atividades de interesse e com acesso universalizado, é um sonho a ser perseguido, no entanto vários aspectos do projeto nos trazem algumas
preocupações que passamos a relatar:
Chamamos a atenção, no entanto, para a relação custo benefício dos acordos possibilitados pela Lei Municipal entre o setor público e o privado: para recuperar uma dúzia de armazéns, a cidade entrega para a especulação privada uma das suas áreas mais nobres, alterando o seu regime urbanístico com uma permissividade tal, que ali se extrapola todas as regras do Plano Diretor do município; são autorizadas a construção de torre com 100 m de altura à beira do rio (próximo à rodoviária) e de um prédio com taxa de
ocupação de 90% na base e altura semelhante a da Usina do Gasômetro, logo ao seu lado. Este nos parece ser um preço alto demais a ser pago pela cidadania local, que em sua maioria ficará à margem deste território, utilizando quanto muito os seus armazéns.
O processo de licitação, que adjudicou o projeto vencedor (único), esteve envolto em circunstâncias estranhas, como por exemplo: É justo e ético a mesma empresa que teve todo o tempo para preparar os estudos preliminares, participar da licitação sendo a única vencedora? Existe tratamento isonômico nos prazos exíguos fixados para apresentação dos projetos, que possibilitariam, naturalmente, somente à empresa que elaborou os estudos preparar o projeto em tempo hábil para participação na concorrência?
As agressões ao ambiente natural e a carga sobre uma área ambientalmente vulnerável, com alocação de espaço para flat (residência temporária – o que foi rejeitado pela população na votação do “Pontal do Estaleiro”), escritórios e shoppings à beira do rio, gerando grande demanda de esgoto cloacal e produção significativa de resíduos; Aniquila com a identidade local, à medida que transforma totalmente a paisagem urbana que dá o nome à cidade; Porto Alegre vista a partir do Rio, jamais será a mesma, transformado com aspecto exótico, o Cais do Porto em nada lembrará a porta de entrada histórica da nossa capital.
Agressão ao Patrimônio Histórico Cultural, à medida que o equipamento a ser colocado ao lado da Usina do Gasômetro com porte maior, ou semelhante, repleto de atividades, encobrirá e concorrerá com aquele monumento histórico da Capital.
O efeito sobre a cidade, em termos de mobilidade urbana, será desastroso já que são pensadas 5.000 vagas de estacionamento dentro do Cais do Porto, para novos veículos que serão trazidos a circular no centro histórico da Cidade, acessando o Porto na altura da Rodoviária e saindo pela Usina, dois gargalos viários que no futuro ficarão na conta dos Munícipes.
O Projeto do Cais deve ser integrado ao Centro Histórico da cidade. As implantações de escritórios comerciais, hotéis, restaurantes e shoppings no Cais do Porto, fora dos períodos exíguos de realização de pequenos eventos pontuais, como tradicionalmente ocorrem em nossa cidade (a taxa média de ocupação dos nossos hotéis é pouco superior a 50%), resultarão numa concorrência desleal com a estrutura comercial já existente e tradicional no Centro Histórico, tão carente em revitalização, condenando prédios hoje
subutilizados ao inteiro sucateamento, criando dois ambientes, um cheio de luzes e outro relegado ao abandono.
Inúmeras realizações culturais que integram nossa história, como Feira do Livro, Bienal do Mercosul e Fórum Social Mundial, por exemplo, e muitas outras realizadas tradicionalmente com ocupação daquele espaço do Cais, não podem perdê-lo, além de outras ações culturais que ali podem ser inseridas, como por exemplo, o Museu das Águas, proposta do Movimento incorporada ao Programa de Governo.
O aspecto legal que envolve o tema é extremamente confuso e contraditório: Estatuto da Cidade, Código Florestal, Legislação Ambiental e Resoluções do CONAMA, assim como o Plano Diretor da Cidade, todas as regras proibitivas são contornadas, utilizando-se de contradições da própria lei, para permitir a realização do Projeto de Ocupação do Cais; A própria ação judicial movida pela ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários, demonstra com nitidez a falta de diálogo e articulação entre as diversas esferas de poder que incidem naquele espaço.
Solicitamos muita cautela ao analisar este expediente, pois inúmeras dúvidas pairam sobre a sociedade, em relação ao que foi autorizado legalmente para execução: Qual o público alvo deste projeto faraônico? Quem são os futuros usuários? Qual o perfil sócio-econômico dos mesmos? De onde vêem? Porto Alegre conta com uma vocação turística tal que justifique o porte e a ousadia daquilo que foi autorizado por lei municipal? Onde fica o interesse da população local e do fluxo do turismo regional? Não serão estes alijados pelo padrão “internacional” de funcionamento?
A definição do melhor projeto para a área deve ser precedida de uma ampla discussão com a cidade, é preciso ouvir a população local em Audiências Públicas, mas não como ocorreu na Câmara Municipal, por ocasião da discussão do projeto, fazendo “ouvidos de mercador” às posições e reivindicações do conjunto maior da sociedade civil organizada, em favor das intenções de um grupo empresarial, com apoio de entidades empresariais que vislumbram unicamente a possibilidade de benefício econômico.
Pelos motivos acima expostos, pedimos ao Exmo. Sr. Governador que interrompa os andamentos do atual ao projeto e reabra a discussão com a sociedade. Lutamos pela (I) “garantia do direito à cidade sustentável, (II) com gestão democrática e com a participação da população e de suas associações representativas na formulação, execução e acompanhamento dos planos, projetos e programas de desenvolvimento urbano, (IV) principalmente para evitar distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente, (VI) especialmente naqueles empreendimentos que possam funcionar como pólos geradores de tráfego, sem a previsão de infra-estrutura correspondente” (Estatuto da Cidade – Diretrizes Gerais).
Atenciosamente,
Movimento em Defesa da Orla do Rio Guaíba
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Movimento em Defesa da Orla pede precaução ao Governo do RS em relação Projeto Cais do Porto
Movimento da Orla do Guaíba junto com a vereadora Sofia Cavedon e Carlos Pestana.
Revitalização do Cais e aproximação da população com o Guaíba são defendidas pelo grupo.
A coordenação do Movimento em Defesa da Orla do Rio Guaíba esteve reunida com o chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Carlos Pestana, para tratar do Projeto de Revitalização do Cais do Porto. A audiência foi realizada no final da tarde desta quinta-feira, dia 26 de maio, junto ao gabinete do secretário, no Palácio Piratini, e teve a participação da presidenta da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Sofia Cavedon (PT). Ao final do encontro, Pestana solicitou alguns dias para analisar as propostas e reivindicações do Movimento, que pede acesso ao projeto. "Queremos conhecer o projeto, pois nos preocupam os impactos que possa provocar na mobilidade urbana e ao patrimônio histórico e cultural de nossa cidade", afirma Anadir Alba, integrante do Movimento e coordenadora da Região de Planejamento R7, situada nos bairros Assunção, Ipanema e Pedra Redonda.
De acordo com o documento entregue a Pestana, o princípio da precaução é consideração principal do Movimento, em especial quanto à mobilidade urbana, cujos efeitos sobre a cidade serão desastrosos, "já que são pensadas cinco mil vagas de estacionamento dentro do Cais do Porto, que serão trazidos a circular no centro histórico da cidade".
Para os representantes do Movimento, o Projeto do Cais deve ser integrado ao Centro Histórico da cidade e permitir a inclusão do Museu das Águas. "A estrutura comercial no centro histórico, carente de revitalização, condena prédios hoje subutilizados ao inteiro sucateamento, criando dois ambientes, um cheio de luzes e outro relegado ao abandono", compara o documento. Eduíno de Mattos destaca que o Projeto do Cais não se relaciona com o Iphan, que recupera a Praça da Alfândega. "Isso é um absurdo", questiona.
Ao mesmo tempo que solicita cautela ao analisar as reivindicações ao Projeto do Cais, os coordenadores do Movimento em Defesa da Orla pedem a reabertura da discussão com a sociedade. "Queremos a revitalização, desde que esta não implique em distorções do crescimento urbano, comprometendo a estrutura histórica da nossa capital", afirma Sylvio Nogueira, da Associação dos Moradores do Centro, ao defender ainda esclarecimentos sobre o processo de licitação das obras do Cais.
"Nosso objetivo com esse documento, que chama a atenção para os impactos ambientais, sociais, culturais e de estrutura da cidade, é qualificar a opinião do Governo do Estado", finaliza Milton Cruz, que também é coordenador do Comitê Multidisciplinar do Museu das Águas, que integra o Movimento em Defesa da Orla do Rio Guaíba.
Informações
Jornalista Adriane Bertoglio Rodrigues
Foto: Eduíno Mattos
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Forum Gaucho em Defesa do Código Floretal Brasileiro: Manifesto
MANIFESTO
Os participantes do Forum (Gaúcho) em Defesa do Código Florestal Brasileiro vêm a público manifestar sua preocupação com a política ambiental brasileira e sua insatisfação com a audiência pública realizada em Porto Alegre, 19 de abril último, com a presença da Ministra do Meio Ambiente.
Não percebemos clareza nas posturas institucionais expostas, principalmente porque não houve menção à necessária e fundamental articulação entre o Código Florestal Brasileiro, o pretendido mas não realizado Zoneamento Ecológico Econômico, e o Estatuto da Terra.
Consideramos que esses temas não são isolados, mas se constituem num tripé para garantir a integridade física de nosso território e a preservação de suas características naturais, morfológicas, hídricas e biológicas, base de qualquer projeto nacional que se construa.
Foram abordadas questões locais e setoriais de alguns segmentos econômicos e sociais, do ponto de vista desses segmentos, numa visão de curto alcance, que não considera a materialidade dos fenômenos naturais, sua mútua dependência, e as conseqüências da quebra irreparável do equilíbrio ecológico dentro de nosso País.
Houve menção à punição dos criminosos ambientais, embora seja problemática sua correta identificação, mas não houve garantias quanto à recuperação das áreas depredadas (80 milhões, segundo informado) e à não-repetição de tais crimes.
Também observamos que existe muita informalidade na apreciação das situações reais - o que persistirá enquanto não se proceder ao Zoneamento Ecológico Econômico em todo o território nacional - na disposição de aceitar simples declarações da existência de APPs sem a necessidade de um registro público. Isso é tanto mais preocupante quando se sabe que no Brasil, principalmente em áreas rurais distantes de centros urbanos, a desordem cartorial é generalizada.
Outro motivo de nossa preocupação é a possibilidade de compensações ambientais fora da área depredada, copiando o sistema urbano, que ignora o prejuízo local, e beneficia terceiros à distância. Uma posição insustentável em termos ambientais, porque tratamos com realidades físicas e biológicas interdependentes, e não com simples registros contábeis, que podem ser estornados ou compensados a qualquer altura.
Também não podemos esquecer que a questão da preservação ambiental, não é uma questão rural, mas envolve todos os biomas e ambientes naturais... e sociais, inclusive os urbanos, onde a negligência ou o dolo em relação ao ambiente e à ocupação predatória têm provocado crescentes tragédias no Brasil com perda de bens e vidas humanas.
Aproveitamos para expressar todo o nosso apoio à proposta de um prazo de dois anos para a discussão e análise profunda da questão ambiental, feita pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, e enfatizar nosso veemente repúdio à pressa insana do Congresso brasileiro em votar matéria dessa importância e dessa complexidade, açodadamente e com urgência urgentíssima, uma vez que seus desdobramentos e conseqüências vão incidir decisivamente em nosso futuro por décadas e quiçá séculos, se ainda existirmos após tanta irresponsabilidade política de nossos representantes.
Porto Alegre, 28 de abril de 2011
FORUM GAÚCHO EM DEFESA DO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO
terça-feira, 3 de maio de 2011
Código Florestal e suas mudanças: não se deixe levar pela indução da mídia.
É triste ver os procedimentos de um grupo de mídia do RS com respeito a assuntos sérios.
Toda vez que o assunto é polêmico os Jornalistas, após orientação ou segundo acordo corporativo, passam a escrever sutilmente textos induzindo a população.
No Caso das alterações no Código Florestal, Lei 4771/65 é visível este procedimento.
No caso, você escreveu:
"Há dois anos esse texto está em discussão. Retomar o impasse na semana dos ajustes é golpe. O produtor precisa de segurança jurídica de uma vez por todas."
Em primeiro lugar não são só a dois anos que produtores, insuflados por políticos, vem tentando alterar a Lei 4771, isto já vem a mais tempo, inclusive em 2004, foi aprovada uma Lei, a 10.931 de 02 de agosto de 2004, que no artigo 64 dizia:
"Art. 64. Na produção imobiliária, seja por incorporação ou parcelamento do solo, em áreas urbanas e de expansão urbana, não se aplicam os dispositivos da Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965."
O presidente vetou tal alteração, apresentando uma justificativa muito interessante e técnica.
Razões do veto
"O art. 225 da Constituição da República impõe ao poder público o dever de defender o meio ambiente, aí incluído o dever de ‘definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos’ (§ 1o, inciso III). Também impõe especial proteção da Floresta Amazônica brasileira, da Mata Atlântica, da Serra do Mar, do Pantanal Mato-Grossense e da Zona Costeira (§ 4o do mesmo artigo).
Os contornos exatos dessa proteção são aqueles constantes da lei ordinária, sendo constitucionalmente admissível alterar tal proteção de modo a torná-la mais ou menos rígida. No entanto, não é constitucionalmente admissível a simples supressão da norma de proteção ambiental, constante da Lei no 4.771, de 1965 - Código Florestal, em especial, referente às áreas urbanas já existentes e também às áreas de futura expansão urbana.
Com efeito, o art. 64 do projeto de lei sob análise estabelece que qualquer construção de imóvel (sequer está restringido para residência) em qualquer área que não seja totalmente afastada de zona urbana não se sujeita à Lei no 4.771, de 1965, fazendo as vezes de norma geral, aplicável a todas as pessoas, órgãos e instituições. Considerando que a Lei no 4.771, de 1965 é um dos pilares da política ambiental do País, sendo pois, um dos mais importantes instrumentos de gestão ambiental, ter-se-á o afastamento de todas as condicionantes ambientais, relativas às construções.
Assim, temos que o dispositivo viola o art. 225 da Constituição da República ao afastar todas as limitações à construção em áreas de preservação permanente, área de Mata Atlântica, Serra do Mar, Zona Costeira etc."
Por outro lado outras tentativas foram feitas sem sucesso.
Mais recentemente tudo recomeçou em Santa Catarina quando criminosamente por pressão do Governador e alguns políticos, alteraram a Lei ambiental do Estado modificando as distâncias das áreas de proteção, inclusive reduzindo para 5 m. Tais modificações estão sendo tentadas aqui no RS, por meio do Dep. BRUM, mas sem sucesso.
Ora, tais atitudes convenceram os produtores que poderiam ocupar as áreas preservadas que os políticos os respaldariam e alterariam as Leis.
Alterar, porque? Só pelo pequeno produtor, ou para beneficiar grandes proprietários, inclusive os invasores na Amazônia?
Quem será os maiores beneficiados?
O peque é que não.
Veja as tragédias que estão ocorrendo por falta das matas. Santa Catarina é a campeã.
Aqui em TURUÇU, na BR-116 e em São Lourença, mais recentemente, as inundações foram causadas em face do desmatamento, o assoreamento dos cursos ´d água é uma constante, não temos mais matas de preservação ao longo destes cursos d água.
São Lourenço teve situação agravada pela troca da área de campo e mato por área de irrigação de arroz, fato que gerou a grande inundação deste ano. A agua que desceu da parte mais elevada, em quantidade em face da falta de mata para rete-la, se somou ao volume de água retida nas curvas de nível das lavouras de arroz, que rompendo as taipas fez com que grande volume de água em forma de uma bola de neve quedesce uma montanha, se acumulasse nao aterro da BR-116, que rompido ptopiciou a correnteza e volume de água tragico na cidade.
Reduzir as áreas de preservação é um risco calculado, pois o que já é determinado pela 4771/65 é insuficiente, deveria ser ampliado.
O Congresso ao diminuir tais áreas, estará indo contra a técnica e pondo em risco as populações que residem ao longo dos cursos dágua e áreas de risco e mesmo as áreas próximas, ou seja, estará ampliando o risco e suas áreas.
Ao adotar estas reduções o Congresso estará assinando autorização para processos por danos aos atingidos por inundações ou desmoronamento de morros. Uma campanha já começou, e vários advogados que conheço e que me procuram para peritagem, já estão estudando ações contra o Governo Federal e Municipais pelos danos sofridos em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, será um saco sem fundo, pois técnicamente fica justificada a omissão a conivência e o incentivo á destruição das matas de preservação permanente.
Henrique Wittler
Professor fundador da Disciplina de Hidrologia na PUC/RS
Perito Ambiental
Toda vez que o assunto é polêmico os Jornalistas, após orientação ou segundo acordo corporativo, passam a escrever sutilmente textos induzindo a população.
No Caso das alterações no Código Florestal, Lei 4771/65 é visível este procedimento.
No caso, você escreveu:
"Há dois anos esse texto está em discussão. Retomar o impasse na semana dos ajustes é golpe. O produtor precisa de segurança jurídica de uma vez por todas."
Em primeiro lugar não são só a dois anos que produtores, insuflados por políticos, vem tentando alterar a Lei 4771, isto já vem a mais tempo, inclusive em 2004, foi aprovada uma Lei, a 10.931 de 02 de agosto de 2004, que no artigo 64 dizia:
"Art. 64. Na produção imobiliária, seja por incorporação ou parcelamento do solo, em áreas urbanas e de expansão urbana, não se aplicam os dispositivos da Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965."
O presidente vetou tal alteração, apresentando uma justificativa muito interessante e técnica.
Razões do veto
"O art. 225 da Constituição da República impõe ao poder público o dever de defender o meio ambiente, aí incluído o dever de ‘definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos’ (§ 1o, inciso III). Também impõe especial proteção da Floresta Amazônica brasileira, da Mata Atlântica, da Serra do Mar, do Pantanal Mato-Grossense e da Zona Costeira (§ 4o do mesmo artigo).
Os contornos exatos dessa proteção são aqueles constantes da lei ordinária, sendo constitucionalmente admissível alterar tal proteção de modo a torná-la mais ou menos rígida. No entanto, não é constitucionalmente admissível a simples supressão da norma de proteção ambiental, constante da Lei no 4.771, de 1965 - Código Florestal, em especial, referente às áreas urbanas já existentes e também às áreas de futura expansão urbana.
Com efeito, o art. 64 do projeto de lei sob análise estabelece que qualquer construção de imóvel (sequer está restringido para residência) em qualquer área que não seja totalmente afastada de zona urbana não se sujeita à Lei no 4.771, de 1965, fazendo as vezes de norma geral, aplicável a todas as pessoas, órgãos e instituições. Considerando que a Lei no 4.771, de 1965 é um dos pilares da política ambiental do País, sendo pois, um dos mais importantes instrumentos de gestão ambiental, ter-se-á o afastamento de todas as condicionantes ambientais, relativas às construções.
Assim, temos que o dispositivo viola o art. 225 da Constituição da República ao afastar todas as limitações à construção em áreas de preservação permanente, área de Mata Atlântica, Serra do Mar, Zona Costeira etc."
Por outro lado outras tentativas foram feitas sem sucesso.
Mais recentemente tudo recomeçou em Santa Catarina quando criminosamente por pressão do Governador e alguns políticos, alteraram a Lei ambiental do Estado modificando as distâncias das áreas de proteção, inclusive reduzindo para 5 m. Tais modificações estão sendo tentadas aqui no RS, por meio do Dep. BRUM, mas sem sucesso.
Ora, tais atitudes convenceram os produtores que poderiam ocupar as áreas preservadas que os políticos os respaldariam e alterariam as Leis.
Alterar, porque? Só pelo pequeno produtor, ou para beneficiar grandes proprietários, inclusive os invasores na Amazônia?
Quem será os maiores beneficiados?
O peque é que não.
Veja as tragédias que estão ocorrendo por falta das matas. Santa Catarina é a campeã.
Aqui em TURUÇU, na BR-116 e em São Lourença, mais recentemente, as inundações foram causadas em face do desmatamento, o assoreamento dos cursos ´d água é uma constante, não temos mais matas de preservação ao longo destes cursos d água.
São Lourenço teve situação agravada pela troca da área de campo e mato por área de irrigação de arroz, fato que gerou a grande inundação deste ano. A agua que desceu da parte mais elevada, em quantidade em face da falta de mata para rete-la, se somou ao volume de água retida nas curvas de nível das lavouras de arroz, que rompendo as taipas fez com que grande volume de água em forma de uma bola de neve quedesce uma montanha, se acumulasse nao aterro da BR-116, que rompido ptopiciou a correnteza e volume de água tragico na cidade.
Reduzir as áreas de preservação é um risco calculado, pois o que já é determinado pela 4771/65 é insuficiente, deveria ser ampliado.
O Congresso ao diminuir tais áreas, estará indo contra a técnica e pondo em risco as populações que residem ao longo dos cursos dágua e áreas de risco e mesmo as áreas próximas, ou seja, estará ampliando o risco e suas áreas.
Ao adotar estas reduções o Congresso estará assinando autorização para processos por danos aos atingidos por inundações ou desmoronamento de morros. Uma campanha já começou, e vários advogados que conheço e que me procuram para peritagem, já estão estudando ações contra o Governo Federal e Municipais pelos danos sofridos em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, será um saco sem fundo, pois técnicamente fica justificada a omissão a conivência e o incentivo á destruição das matas de preservação permanente.
Henrique Wittler
Professor fundador da Disciplina de Hidrologia na PUC/RS
Perito Ambiental
sexta-feira, 22 de abril de 2011
...E não sei como voltar
Eduardo Galeano
O que acontece comigo é que não consigo andar pelo mundo pegando coisas e trocando-as pelo modelo seguinte só por que alguém adicionou uma nova função ou a diminuiu um pouco…
Não faz muito, com minha mulher, lavávamos as fraldas dos filhos, pendurávamos na corda junto com outras roupinhas, passávamos, dobrávamos e as preparávamos para que voltassem a serem sujadas.
E eles, nossos nenês, apenas cresceram e tiveram seus próprios filhos se encarregaram de atirar tudo fora, incluindo as fraldas. Se entregaram, inescrupulosamente, às descartáveis!
Sim, já sei. À nossa geração sempre foi difícil jogar fora. Nem os defeituosos conseguíamos descartar! E, assim, andamos pelas ruas, guardando o muco no lenço de tecido, de bolso.
Nããão! Eu não digo que isto era melhor. O que digo é que, em algum momento, me distraí, caí do mundo e, agora, não sei por onde se volta.
O mais provável é que o de agora esteja bem, isto não discuto. O que acontece é que não consigo trocar os instrumentos musicais uma vez por ano, o celular a cada três meses ou o monitor do computador por todas as novidades.
Guardo os copos descartáveis! Lavo as luvas de látex que eram para usar uma só vez.
Os talheres de plástico convivem com os de aço inoxidável na gaveta dos talheres! É que venho de um tempo em que as coisas eram compradas para toda a vida!
E mais! Se comprava para a vida dos que vinham depois! A gente herdava relógios de parede, jogos de copas, vasilhas e até bacias de louça.
E acontece que em nosso, nem tão longo matrimônio, tivemos mais cozinhas do que as que haviam em todo o bairro em minha infância, e trocamos de refrigerador três vezes.
Nos estão incomodando! Eu descobri! Fazem de propósito! Tudo se lasca, se gasta, se oxida, se quebra ou se consome em pouco tempo para que possamos trocar. Nada se arruma. O obsoleto é de fábrica.
Aonde estão os sapateiros fazendo meia-solas dos tênis Nike? Alguém viu algum colchoeiro encordoando colchões, casa por casa? Quem arruma
as facas elétricas? o afiador ou o eletricista? Haverá teflon para os funileiros ou assentos de aviões para os talabarteiros?
Tudo se joga fora, tudo se descarta e, entretanto, produzimos mais e mais e mais lixo. Outro dia, li que se produziu mais lixo nos últimos 40 anos que em toda a história da humanidade.
Quem tem menos de 30 aos não vai acreditar: quando eu era pequeno, pela minha casa não passava o caminhão que recolhe o lixo! Eu juro! E tenho menos de ... anos! Todos os descartáveis eram orgânicos e iam parar no galinheiro, aos patos ou aos coelhos (e não estou falando do século XVII). Não existia o plástico, nem o nylon. A borracha só víamos nas rodas dos autos e, as que não estavam rodando, as
queimávamos na Festa de São João. Os poucos descartáveis que não eram comidos pelos animais, serviam de adubo ou se queimava..
Desse tempo venho eu. E não que tenha sido melhor.... É que não é fácil para uma pobre pessoa, que educaram com "guarde e guarde que alguma vez pode servir para alguma coisa", mudar para o "compre e jogue fora que já vem um novo modelo".
Troca-se de carro a cada 3 anos, no máximo, por que, caso contrário, és um pobretão. Ainda que o carro que tenhas esteja em bom estado... E precisamos viver endividados, eternamente, para pagar o novo!!! Mas... por amor de Deus!
Minha cabeça não resiste tanto. Agora, meus parentes e os filhos de meus amigos não só trocam de celular uma vez por semana, como, além disto, trocam o número, o endereço eletrônico e, até, o endereço real.
E a mim que me prepararam para viver com o mesmo número, a mesma mulher, a mesma e o mesmo nome (e vá que era um nome para trocar). Me educaram para guardar tudo. Tuuuudo! O que servia e o que não servia. Por que, algum dia, as coisas poderiam voltar a servir.
Acreditávamos em tudo. Sim, já sei, tivemos um grande problema: nunca nos explicaram que coisas poderiam servir e que coisas não. E no afã de guardar (por que éramos de acreditar), guardávamos até o umbigo de nosso primeiro filho, o dente do segundo, os cadernos do jardim de infância e não sei como não guardamos o primeiro cocô.
Como querem que entenda a essa gente que se descarta de seu celular a poucos meses de o comprar? Será que quando as coisas são conseguidas tão facilmente, não se valorizam e se tornam descartáveis com a mesma facilidade com que foram conseguidas?
Em casa tínhamos um móvel com quatro gavetas. A primeira gaveta era para as toalhas de mesa e os panos de prato, a segunda para os talheres e a terceira e a quarta para tudo o que não fosse toalha ou talheres. E guardávamos...
Como guardávamos!! Tuuuudo!!! Guardávamos as tampinhas dos refrescos!! Como, para quê? Fazíamos limpadores de calçadas, para colocar diante da porta para tirar o barro. Dobradas e enganchadas numa corda, se tornavam cortinas para os bares. Ao fim das aulas, lhes tirávamos a cortiça, as martelávamos e as pregávamos em uma tabuinha para fazer instrumentos para a festa de fim de ano da escola.
Tuuudo guardávamos! Enquanto o mundo espremia o cérebro para inventar acendedores descartáveis ao término de seu tempo, inventávamos a recarga para acendedores descartáveis. E as Gillette – até partidas ao meio – se transformavam em apontadores por todo o tempo escolar. E nossas gavetas guardavam as chavezinhas das latas de sardinhas ou de corned-beef, na possibilidade de que alguma lata viesse sem sua chave.
E as pilhas! As pilhas das primeiras Spica passavam do congelador ao telhado da casa. Por que não sabíamos bem se se devia dar calor ou frio para que durassem um pouco mais. Não nos resignávamos que terminasse sua vida útil, não podíamos acreditar que algo vivesse menos que um jasmim. As coisas não eram descartáveis. Eram guardáveis.
Os jornais!!! Serviam para tudo: para servir de forro para as botas de borracha, para por no piso nos dias de chuva e por sobre todas as coisa para enrolar.
Às vezes sabíamos alguma notícia lendo o jornal tirado de um pedaço de carne!!! E guardávamos o papel de alumínio dos chocolates e dos cigarros para fazer guias de enfeites de natal, e as páginas dos almanaques para fazer quadros, e os conta-gotas dos remédios para algum medicamento que não o trouxesse, e os fósforos usados por que podíamos acender uma boca de fogão (Volcán era a marca de um fogão que
funcionava com gás de querosene) desde outra que estivesse acesa, e as caixas de sapatos se transformavam nos primeiros álbuns de fotos e os baralhos se reutilizavam, mesmo que faltasse alguma carta, com a inscrição a mão em um valete de espada que dizia "esta é um 4 de bastos".
As gavetas guardavam pedaços esquerdos de prendedores de roupa e o ganchinho de metal. Ao tempo esperavam somente pedaços direitos que esperavam a sua outra metade, para voltar outra vez a ser um prendedor completo.
Eu sei o que nos acontecia: nos custava muito declarar a morte de nossos objetos. Assim como hoje as novas gerações decidem ‘matá-los’ tão-logo aparentem deixar de ser úteis, aqueles tempos eram de não se declarar nada morto: nem a Walt Disney!!!
E quando nos venderam sorvetes em copinhos, cuja tampa se convertia em base, e nos disseram: ‘Comam o sorvete e depois joguem o copinho fora’, nós dizíamos que sim, mas, imagina que a tirávamos fora!!! As colocávamos a viver na estante dos copos e das taças. As latas de ervilhas e de pêssegos se transformavam em vasos e até telefones. As primeiras garrafas de plástico se transformaram em enfeites de
duvidosa beleza. As caixas de ovos se converteram em depósitos de aquarelas, as tampas de garrafões em cinzeiros, as primeiras latas de cerveja em porta-lápis e as cortiças esperaram encontrar-se com uma garrafa.
E me mordo para não fazer um paralelo entre os valores que se descartam e os que preservávamos. Ah!!! Não vou fazer!!!
Morro por dizer que hoje não só os eletrodomésticos são descartáveis; também o matrimônio e até a amizade são descartáveis. Mas não cometerei a imprudência de comparar objectos com pessoas.
Me mordo para não falar da identidade que se vai perdendo, da memória coletiva que se vai descartando, do passado efêmero. Não vou fazer.
Não vou misturar os temas, não vou dizer que ao eterno tornaram caduco e ao caduco fizeram eterno.
Não vou dizer que aos velhos se declara a morte apenas começam a falhar em suas funções, que aos cônjuges se trocam por modelos mais novos, que as pessoas a que lhes falta alguma função se discrimina o que se valoriza aos mais bonitos, com brilhos, com brilhantina no cabelo e glamour.
Esta só é uma crônica que fala de fraldas e de celulares. Do contrário, se misturariam as coisas, teria que pensar seriamente em entregar à ‘bruxa’, como parte do pagamento de uma senhora com menos quilômetros e alguma função nova. Mas, como sou lento para transitar este mundo da reposição e corro o risco de que a ‘bruxa’ me ganhe a mão e seja eu o entregue..
* Jornalista e escritor uruguaio
Fotos: Lixo eletrônico na Rua da Praia - principal rua do centro de Porto Alegre-RS - Brasil (Foto do dia 20/abril/2011)
Créditos: Eduíno Mattos
Stockphotos: Lea Csontos, Martine Sancousy,Fleur Suijten, jan jelinek
O que acontece comigo é que não consigo andar pelo mundo pegando coisas e trocando-as pelo modelo seguinte só por que alguém adicionou uma nova função ou a diminuiu um pouco…
Não faz muito, com minha mulher, lavávamos as fraldas dos filhos, pendurávamos na corda junto com outras roupinhas, passávamos, dobrávamos e as preparávamos para que voltassem a serem sujadas.
E eles, nossos nenês, apenas cresceram e tiveram seus próprios filhos se encarregaram de atirar tudo fora, incluindo as fraldas. Se entregaram, inescrupulosamente, às descartáveis!
Sim, já sei. À nossa geração sempre foi difícil jogar fora. Nem os defeituosos conseguíamos descartar! E, assim, andamos pelas ruas, guardando o muco no lenço de tecido, de bolso.
Nããão! Eu não digo que isto era melhor. O que digo é que, em algum momento, me distraí, caí do mundo e, agora, não sei por onde se volta.
O mais provável é que o de agora esteja bem, isto não discuto. O que acontece é que não consigo trocar os instrumentos musicais uma vez por ano, o celular a cada três meses ou o monitor do computador por todas as novidades.
Guardo os copos descartáveis! Lavo as luvas de látex que eram para usar uma só vez.
Os talheres de plástico convivem com os de aço inoxidável na gaveta dos talheres! É que venho de um tempo em que as coisas eram compradas para toda a vida!
E mais! Se comprava para a vida dos que vinham depois! A gente herdava relógios de parede, jogos de copas, vasilhas e até bacias de louça.
E acontece que em nosso, nem tão longo matrimônio, tivemos mais cozinhas do que as que haviam em todo o bairro em minha infância, e trocamos de refrigerador três vezes.
Nos estão incomodando! Eu descobri! Fazem de propósito! Tudo se lasca, se gasta, se oxida, se quebra ou se consome em pouco tempo para que possamos trocar. Nada se arruma. O obsoleto é de fábrica.
Aonde estão os sapateiros fazendo meia-solas dos tênis Nike? Alguém viu algum colchoeiro encordoando colchões, casa por casa? Quem arruma
as facas elétricas? o afiador ou o eletricista? Haverá teflon para os funileiros ou assentos de aviões para os talabarteiros?
Tudo se joga fora, tudo se descarta e, entretanto, produzimos mais e mais e mais lixo. Outro dia, li que se produziu mais lixo nos últimos 40 anos que em toda a história da humanidade.
Quem tem menos de 30 aos não vai acreditar: quando eu era pequeno, pela minha casa não passava o caminhão que recolhe o lixo! Eu juro! E tenho menos de ... anos! Todos os descartáveis eram orgânicos e iam parar no galinheiro, aos patos ou aos coelhos (e não estou falando do século XVII). Não existia o plástico, nem o nylon. A borracha só víamos nas rodas dos autos e, as que não estavam rodando, as
queimávamos na Festa de São João. Os poucos descartáveis que não eram comidos pelos animais, serviam de adubo ou se queimava..
Desse tempo venho eu. E não que tenha sido melhor.... É que não é fácil para uma pobre pessoa, que educaram com "guarde e guarde que alguma vez pode servir para alguma coisa", mudar para o "compre e jogue fora que já vem um novo modelo".
Troca-se de carro a cada 3 anos, no máximo, por que, caso contrário, és um pobretão. Ainda que o carro que tenhas esteja em bom estado... E precisamos viver endividados, eternamente, para pagar o novo!!! Mas... por amor de Deus!
Minha cabeça não resiste tanto. Agora, meus parentes e os filhos de meus amigos não só trocam de celular uma vez por semana, como, além disto, trocam o número, o endereço eletrônico e, até, o endereço real.
E a mim que me prepararam para viver com o mesmo número, a mesma mulher, a mesma e o mesmo nome (e vá que era um nome para trocar). Me educaram para guardar tudo. Tuuuudo! O que servia e o que não servia. Por que, algum dia, as coisas poderiam voltar a servir.
Acreditávamos em tudo. Sim, já sei, tivemos um grande problema: nunca nos explicaram que coisas poderiam servir e que coisas não. E no afã de guardar (por que éramos de acreditar), guardávamos até o umbigo de nosso primeiro filho, o dente do segundo, os cadernos do jardim de infância e não sei como não guardamos o primeiro cocô.
Como querem que entenda a essa gente que se descarta de seu celular a poucos meses de o comprar? Será que quando as coisas são conseguidas tão facilmente, não se valorizam e se tornam descartáveis com a mesma facilidade com que foram conseguidas?
Em casa tínhamos um móvel com quatro gavetas. A primeira gaveta era para as toalhas de mesa e os panos de prato, a segunda para os talheres e a terceira e a quarta para tudo o que não fosse toalha ou talheres. E guardávamos...
Como guardávamos!! Tuuuudo!!! Guardávamos as tampinhas dos refrescos!! Como, para quê? Fazíamos limpadores de calçadas, para colocar diante da porta para tirar o barro. Dobradas e enganchadas numa corda, se tornavam cortinas para os bares. Ao fim das aulas, lhes tirávamos a cortiça, as martelávamos e as pregávamos em uma tabuinha para fazer instrumentos para a festa de fim de ano da escola.
Tuuudo guardávamos! Enquanto o mundo espremia o cérebro para inventar acendedores descartáveis ao término de seu tempo, inventávamos a recarga para acendedores descartáveis. E as Gillette – até partidas ao meio – se transformavam em apontadores por todo o tempo escolar. E nossas gavetas guardavam as chavezinhas das latas de sardinhas ou de corned-beef, na possibilidade de que alguma lata viesse sem sua chave.
E as pilhas! As pilhas das primeiras Spica passavam do congelador ao telhado da casa. Por que não sabíamos bem se se devia dar calor ou frio para que durassem um pouco mais. Não nos resignávamos que terminasse sua vida útil, não podíamos acreditar que algo vivesse menos que um jasmim. As coisas não eram descartáveis. Eram guardáveis.
Os jornais!!! Serviam para tudo: para servir de forro para as botas de borracha, para por no piso nos dias de chuva e por sobre todas as coisa para enrolar.
Às vezes sabíamos alguma notícia lendo o jornal tirado de um pedaço de carne!!! E guardávamos o papel de alumínio dos chocolates e dos cigarros para fazer guias de enfeites de natal, e as páginas dos almanaques para fazer quadros, e os conta-gotas dos remédios para algum medicamento que não o trouxesse, e os fósforos usados por que podíamos acender uma boca de fogão (Volcán era a marca de um fogão que
funcionava com gás de querosene) desde outra que estivesse acesa, e as caixas de sapatos se transformavam nos primeiros álbuns de fotos e os baralhos se reutilizavam, mesmo que faltasse alguma carta, com a inscrição a mão em um valete de espada que dizia "esta é um 4 de bastos".
As gavetas guardavam pedaços esquerdos de prendedores de roupa e o ganchinho de metal. Ao tempo esperavam somente pedaços direitos que esperavam a sua outra metade, para voltar outra vez a ser um prendedor completo.
Eu sei o que nos acontecia: nos custava muito declarar a morte de nossos objetos. Assim como hoje as novas gerações decidem ‘matá-los’ tão-logo aparentem deixar de ser úteis, aqueles tempos eram de não se declarar nada morto: nem a Walt Disney!!!
E quando nos venderam sorvetes em copinhos, cuja tampa se convertia em base, e nos disseram: ‘Comam o sorvete e depois joguem o copinho fora’, nós dizíamos que sim, mas, imagina que a tirávamos fora!!! As colocávamos a viver na estante dos copos e das taças. As latas de ervilhas e de pêssegos se transformavam em vasos e até telefones. As primeiras garrafas de plástico se transformaram em enfeites de
duvidosa beleza. As caixas de ovos se converteram em depósitos de aquarelas, as tampas de garrafões em cinzeiros, as primeiras latas de cerveja em porta-lápis e as cortiças esperaram encontrar-se com uma garrafa.
E me mordo para não fazer um paralelo entre os valores que se descartam e os que preservávamos. Ah!!! Não vou fazer!!!
Morro por dizer que hoje não só os eletrodomésticos são descartáveis; também o matrimônio e até a amizade são descartáveis. Mas não cometerei a imprudência de comparar objectos com pessoas.
Me mordo para não falar da identidade que se vai perdendo, da memória coletiva que se vai descartando, do passado efêmero. Não vou fazer.
Não vou misturar os temas, não vou dizer que ao eterno tornaram caduco e ao caduco fizeram eterno.
Não vou dizer que aos velhos se declara a morte apenas começam a falhar em suas funções, que aos cônjuges se trocam por modelos mais novos, que as pessoas a que lhes falta alguma função se discrimina o que se valoriza aos mais bonitos, com brilhos, com brilhantina no cabelo e glamour.
Esta só é uma crônica que fala de fraldas e de celulares. Do contrário, se misturariam as coisas, teria que pensar seriamente em entregar à ‘bruxa’, como parte do pagamento de uma senhora com menos quilômetros e alguma função nova. Mas, como sou lento para transitar este mundo da reposição e corro o risco de que a ‘bruxa’ me ganhe a mão e seja eu o entregue..
* Jornalista e escritor uruguaio
Fotos: Lixo eletrônico na Rua da Praia - principal rua do centro de Porto Alegre-RS - Brasil (Foto do dia 20/abril/2011)
Créditos: Eduíno Mattos
Stockphotos: Lea Csontos, Martine Sancousy,Fleur Suijten, jan jelinek
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Jovem de 20 anos cria site com rotas de ônibus de Porto Alegre
Em apenas dois dias, um site criado por um estudante de Ciência da Computação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) causou "furor" entre os tuiteiros de Porto Alegre ou ligados à cidade. O site desenvolvido por Bruno Jurkovski, 20 anos, o poabus.com.br, ajuda passageiros a encontrar os itinerários dos ônibus de Porto Alegre. Colaborativo, o poabus inclui um mapa da cidade - via Google Maps - e um sistema de busca de ônibus a partir das ruas de Porto Alegre.
O poabus começou a ser divulgado no último domingo na comunidade de um time de futebol gaúcho no Orkut, mas foi na "segunda-feira que estourou, começou a ter um monte de acessos" contou Bruno Jurkovski, responsável pelo site. Na tarde de segunda-feira, o site chegou a ficar fora do ar por alguns minutos devido a quantidade de acessos. Em conversa por telefone, o estudante afirma ter se inspirado no modelo utilizado em São Paulo. "Fui no Fórum de Software Livre no ano passado e um cara apresentou uma ideia que ele fez em São Paulo. Eu vi o que ele fez e resolvi fazer em Porto Alegre", disse Bruno sobre Carlos Duarte do Nascimento, conhecido como Chester, matemático que palestrou em Porto Alegre em julho de 2010. "A diferença é que, lá (em São Paulo), a empresa disponibiliza isso no site, e aqui não", afirmou Bruno.
O estudante disse que procurou a Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC), responsável pelo transporte público de Porto Alegre, para oferecer o projeto, mas ele não foi aceito. De acordo com Bruno, a ideia nasceu também de sua experiência pessoal: o estudante é de Canoas, cidade da região metropolitana de Porto Alegre. "Eu tenho que pegar o trem e um ônibus pra ir e para voltar de Porto Alegre todos os dias", contou.
Bruno afirma ainda que os amigos o motivaram a continuar o projeto, iniciado ainda em 2010 e finalizado durante as férias de verão. "Uma solução desse tipo já tinha que existir faz tempo. Tecnologia se tem, é só vontade de implementar. As prefeituras ou os responsáveis deveriam se importar mais com isso", afirmou o estudante. De acordo com a assessoria de imprensa da EPTC, procurada pelo Terra, um sistema nos moldes do Google Maps está sendo desenvolvido com ajuda da Companhia de Processamento de Dados Município de Porto Alegre, a Procempa.
Ainda na segunda-feira, o site criado por Bruno foi parar no TrendsMap de Porto Alegre (http://trendsmap.com/local/br/porto+alegre), um site não oficial, mas que monitora os assuntos mais comentados e populares do Twitter de acordo com a localidade. Além de tweets, o site cria rankings dos sites mais tuitados, onde o www.poabus.com.br apareceu e ainda aparece nesta terça-feira, vídeos, perfis mais populares, entre outros.
Fonte: Mariana Bittencourt/Terra
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